sábado, 9 de agosto de 2014

Antonio Araújo - "A influência do Brado de Guerra".


Recordo-me dos majores Antonio e Ondina Araújo - ela na "Galeria de Fotos" -  quando, em 1975, dirigiram uma campanha evangelística em conexão com o aniversário do Corpo de Rio Grande-RS, do qual éramos dirigentes. A escolha do casal partiu do saudoso Jurandyr Charão em um conselho do Corpo, pois com muito carinho lembrava-se dos majores do tempo quando dirigiram o trabalho.  Juntamente com sua esposa, Sgta. Iveta, hospedaram alegremente o casal Araújo durante a campanha. 
Mais tarde, trabalhando em São Paulo, lembro-me das visitas daquele veterano oficial ao meu escritório na Redação, momentos abençoados que sempre terminavam, a pedido dele, com uma oração de joelhos. O presente artigo, escrito pelo saudoso colega, foi extraído do "Arsenal Salvacionista" no. 2 de 1945, revista da época para oficiais, gentileza do Centro de Herança Salvacionista. Jovens salvacionistas não entenderão a linguagem empregada, mas nós, hoje também veteranos, a entendemos perfeitamente...


A INFLUÊNCIA DO "BRADO"

"É bastante duro viver em uma cidade como esta!" poderíamos exclamar algumas vezes: "O povo é indiferente às nossas reuniões... Quando finda o mês, falta-nos dinheiro para reparar as pequenas despesas de 'Brados', que distribuimos aos subscritores. Estive doente várias vezes durante o mês e não foi possível vender todos os jornais que são mandados ao Corpo..." Isto, no entanto, faz parte do nosso trabalho e vocação.

Certa vez descobri alguém que se interessava pelo nosso jornal e isto animou-me muito a ponto de perguntar-lhe se gostaria de receber cada exemplar quinzenalmente. Perguntei-lhe também se gostaria de contribuir mensalmente com uma quantia e assim fui reunindo esses pequenos tesouros. Tentei descobrir se havia alguma coisa que eu pudesse fazer em benefício dos meus subscritores, uma mensagem que atingisse alguma pessoa e isso ajudava a manter o interesse deles para com a obra de Deus desenvolvida pelo Exército de Salvação.

Um dia, soube que um dos meus subscritores anuais estava doente. Fui à sua casa e ele recebeu-me demonstando que estava contente com minha visita, embora estivesse um tanto desanimado. Conversei com ele e perguntei-lhe se queria que eu fizesse oração, explicando-lhe o valor da mesma. Ele disse que sim, pois apreciava tudo o que se referia a Deus. Orei e despedi-me. Mais tarde, soube que aquele homem, que era uma pessoa de fina educação, comentava sobre minha visita e oração aos seus conhecidos.

Continuei sempre a distribuir o "Brado", mesmo quando pagava do meu próprio bolso, e nunca me arrependi disso, pois sei que produzia frutos para o Reino de Deus. Algumas vezes recortava "Brados" velhos e levava pequenos artigos comigo. Encontrando pessoas sentadas, pensativas, eu não perdia a oportunidade e perguntava se gostariam de ler e oferecia-lhes, assim,  palavras animadoras. Procurei sempre empregar bem a literatura. Nunca joguei fora um só exemplar e sentia-me feliz em fazer este serviço de distribui-lo, tão pequeno mas de tão grande significado.

Não quero constranger nenhum colega a adotar o meu sistema; tenho apenas prazer em relatar a minha experiência. Que Deus auxilie a cada colega no Seu santo serviço, principalmente na difusão da Palavra de Deus através do "Brado de Guerra".

Espalhemos sempre a semente santa,
Desde a madrugada até o anoitecer;
Firmes, aguardando o tempo da colheita,
Quando alegremente iremos, sim, colher!

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