quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Carl e Maria Eliasen - Mensagens de Natal

Leia os textos abaixo, digitados em maior tamanho.
Transcrito do BRADO DE GUERRA - Natal 1982


SE JESUS NASCESSE HOJE
M.A.Eliasen

Meditando sobre a vinda de Jesus ao mundo, os meus pensamentos tomaram asas e voaram longe. Imaginei Jesus Cristo nascendo hoje, nos nossos dias.
Os repórteres, vindos de toda parte, lutam para obter informações sobre o magnífico evento, A notícia aparece em todos os jornais, ocupando a primeira página em letras garrafais. As manchetes principais dão abertura total com ilustrações belas e artísticas.
Vejo o público eufórico! A curiosidade das massas cresce e torna-se insaciável. O mundo moderno e civilizado orgulha-se do acontecimento. Estadistas, cientistas, militares, literatos e filósofos, todos lhe dão boas-vindas e fazem planos para o futuro.
Até os governantes oferecem seus palácios; Maria e José logo abandonarão o humilde casebre para serem hóspedes especiais das mais suntuosas casas que existem deste lado do mundo.
Já não há lugar para as toneladas de ricos presentes para o menino Jesus. Depois de tudo, Ele é o Rei e Salvador da humanidade, não é?
Mas, espere um pouco, isso não é verdade; tudo isso está está longe da realidade.
Se Jesus nascesse hoje ninguém daria destaque à Sua Pessoa. Ao Natal, sim, porque é comercionalmente rendoso.
Os grandes e poderosos O afastariam e O diminuiram, tal qual fizeram há dois mil anos. 
Por quê?
Os ensinamentos que Jesus trouxe ao mundo - de paz, justiça e amor, prejudicariam os seus interesses pessoais.
Jesus, que representa a verdade, seria um estorvo para aqueles que enganam milhares. O mundo de hoje, chamado moderno e civilizado não teria lugar nem tempo para o Filho de Deus. Ele representa apenas um assunto religioso. E para muitos a religião "já era"!
Cuidado, cristãos!
Cuidado, crentes!
Cuidado para que não caiamos no erro de aceitar a ideia de Jesus e não a Pessoa de Jesus.

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"Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus"
(Salmo 46:10)

Carl S. Eliasen

O plano divino para a redenção da humanidade apareceu revelado através da Bíblia, a Palavra de Deus, inspirada e única regra autorizada da fé e prática cristãs, de forma progressiva. Não é, portanto, somente nos Evangelhos que podemos achar a maravilhosa mensagem de Natal: do Cristo nascido para transformar o mundo, o que todas as páginas das Escrituras levam este carimbo divino... "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a edificação na justiça" 
(2 Timóteo 3:16).

Se deixarmos cair o Livro dos Livros acidentalmente sobre uma mesa, ele facilmente se abrirá nas páginas centrais, mostrando o hinário do Velho Testamento, provavelmente o Salmo 46, cujo versículo 10 serve para a meditação deste artigo: "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus"- quase que um eco antecipado da anunciação angelical: "Eis que trago boa nova de grande alegria que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor" (Lucas 2:10-11).

Podemos imaginar o tumulto reinante em Belém, ocasionado pelo decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se, trazendo à pequena cidade uma invasão de cidadãos normalmente radicados em outros lugares. Tal foi o afluxo de pessoas que as hospedarias se encheram, pelo que José e sua esposa Maria, que estava grávida, tiveram que acomodar-se em uma estrebaria. A correria local deve ter sido intensa, provocando confusão e desentendimentos, dificultando inclusive a tarefa dos soldados romanos escalados para dar cumprimento ao decreto imperial; e, como sempre acontece, mais do que certo os comerciantes (ainda mais tratando-se do Oriente Médio) não perderam a oportunidade para oferecerem suas mercadorias, anunciando e regateando os melhores preços como verificamos, ainda hoje, nos mercados e feiras livres.

Vinte séculos se passaram e o mundo hodierno se mostra mais tumultuado do que nunca: correrias, confusão, desentendimentos etc. Os altos valores são resgateados e trocados por ninharias; o exemplo, a moral, o matrimônio, a família, a religião, o sexo... e até a vergonha; um espelho exato do contexto do Salmo 46... a terra se transtorna, os montes se abalam e com fúria estremecem no meio dos mares; as águas tumultuosas e espumejantes; bramam nações, reinos se desfazem e o mundo desmorona: guerras, crimes, roubos, assaltos, terrorismo, sequestros, estupros e todo o tipo de violência, mentiras, desonestidades e corrupção; toxicomania, poluição de toda espécie, inclusive pornográfica... tempestade mental que leva muitos viajantes da vida ao naufrágio pelo mal dos nossos dias, o "stress" - conjunto de reações do organismo e agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e outras (por que não dizer espiritual), capazes de perturbar-lhes o equilíbrio em relação às suas várias funções e à composição química de seus fluídos e tecidos.

O menino de Belém cresceu em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens (Lucas 2:52); e um dia, já homem adulto, quando perante as águas revoltas do lago da Galiléia, que provocaram espanto nos discípulos, levantou-se para repreender o vento e a fúria do mar: "Tudo cessou e veio a bonança" (Lucas 8:24).

Prezados leitores, chegando novamente ao fim de um ano, quando o maravilhoso espírito do Natal sensibiliza a todos, mostrando o que ainda resta de bom e precioso no coração humano; no meio do tumulto reinante, correrias, confusão, desentendimentos, super-população e o bulício do comércio, aceitemos o desafio do Mestre: "Onde está a vossa fé?" (Lucas 8:25) e permitamos que a autoridade toda suficiente da mensagem divina acalme a tempestade no íntimo de nossa alma.

"E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus" (Filipenses 4:7).

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Bruno Behrendt - "A porta pequenina" (NATAL)







"A PORTA PEQUENINA"

Aquele, porém, que entra pela porta, esse é pastor das ovelhas.

João 10:2

Tenham pena de mim, pois sofro a pressão impertinente, embora amável, da redatora para que faça a minha contribuição ao BRADO DE GUERRA de Natal. Pobre de mim, pois agora no mês de agosto, nada beneficia minha mente. Estamos ainda distantes demais da comemoração desta data magna da cristandade para valer-me da atmosfera festiva do Natal.
Mas na minha procura aflitiva uma poetisa vem em meu socorro - Helen Slack Wiekenden. Ela refere-se no seu poema à "Porta Pequenina" lá de Belém pela qual Jesus entrou ao vir ao mundo.
A "porta pequenina" da estrebaria foi tão humilde para que os sábios e os pobres pudessem penetrar por ela para adorar a Jesus!
Uma "porta pequenina", servindo de passagem para os animais, abriu-se para um Rei! E, tanto os humildes pastores, como os magos, cientistas famosos daquela época, entraram por ela para contemplar algo sublime.
E a poetisa afirma: "Esta porta pequenina continua aberta para quem quiser passar por ela".
E aqui está meu tema. Trata-se de um problema cruciante, motivo de grande preocupação dos líderes religiosos.
Em uma das terras do norte da Europa, onde o inverno rigoroso exige o uso de pesadas capas e peles, um casal convidou muitos parentes e amigos para uma festa de júbilo pelo nascimento do filho.
Um por um, os radiantes convidados entraram pela porta e, tirando as capas pesadas, as amontoaram numa cama perto da entrada.
Mais tarde a mãe descobriu que os alegres, mas imprudentes visitantes haviam colocado suas roupas por cima do ente querido, asfixiando-o. Estava morto o motivo da festa. Que tragédia!
É exatamente o que está acontecendo nos dias festivos de Natal. O Menino Jesus está esquecido!
Há muitas portas que se abrem em dezembro. As portas das lojas convidam a multidão apressada e agitada para entrar e adquirir os múltiplos produtos da indústria, os vestidos modernos vindos das capitais da moda, Paris ou Londres, os finíssimos chocolates e doces, os enfeites cintilantes para a árvore de Natal, brinquedos e muitas outras coisas.
Abre-se a porta das sociedades desportistas e recreativas para as famílias, oferecendo divertimento e passatempo de toda a sorte.
Abre-se o portal luxuoso dos palácios cinematográficos, das boites, para oferecer aos visitantes espetáculos excitantes e muitas vezes também degradantes.
Abre-se a porta dos lares para receber a visita de parentes e amigos. Conversa-se de tudo, menos do Príncipe da Paz.
E com quanta expectativa aguardam os filhos para que se abra a porta da sala, onde os pais se encontram misteriosamente atarefados, decorando a árvore de Natal e organizando os lindos presentes. Mas, onde está a instrução sobre a preciosa dádiva de Deus?
E em muitas partes há filas e filas de gente pobre que deseja receber seu pacote  de Natal, que mãos carinhosas preparam para minorar seus sofrimentos, pelo menos nesta data, por alguns dias... mas não se lembram de encher também a alma com a presença real de Cristo.
Ah! quantas portas!
É de temer que de tantas fique esquecida a "pequenina porta", pela qual entrou neste mundo cheio de sofrimento o "Pastor das ovelhas", o Salvador Jesus.
O Natal materialista matou o Menino Jesus.
Que este Natal seja diferente!
Leia aos seus familiares a linda história do nascimento de Cristo.
Entra tu, querido leitor, pela "porta pequenina" e faze entrar também teus queridos, para que contemplem o milagre - que Deus Se fez Homem para redimir os homens, reconciliando-os Consigo Mesmo.

Coronel Bruno Behrendt
Chefe Territorial

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Neste mês de dezembro o meu blog "baú de fotografias" mostrará fotos natalinas do Exército de Salvação antigo.
Acesse-o:

https://paulofranke-baudefotografias.blogspot.com

(copie e cole-o na sua barra de endereços)

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