quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A.Ford - Z.Oliver - "Como não crer na direção do Espírito Santo?"

O título desta postagem é meu, diante do que aconteceu nesta semana, prova de que muitas vezes o Espírito Santo nos direciona ao escolher também temas em blogs, por que não?
 Para a primeira postagem do ano de 2015 deste meu blog4, decidi publicar uma homenagem do filho, Pastor Stanley John Oliver, à sua mãe, Brigadeiro Zetta Leach Oliver, publicada em um BRADO de 1985, quando por ocasião do meu primeiro termo como Redator.
Tão logo o colega Alfred Ford, ex-missionário australiano no Brasil, leu a postagem, apressou-se a enviar-me um e-mail que me deixou maravilhado, razão por que lhe pedi permissão para publicá-lo aqui, dai o título "Como não crer na direção do Espírito Santo?".


Na foto, de um BRADO de 1961, exatamente o exemplar que o Cap. John Fisk me ofereceu em um bar - um dos passos para meu ingresso no ES - o casal Ford dirigia o Corpo do Bosque. 
Procure o artigo que ele escreveu neste blog localizando o Índice dos "pregadores!. 

Foto do casal Ford na "Galeria de Fotos Atuais de Oficiais Veteranos", após a postagem seguinte, sobre Zetta Leach Oliver.

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7 de janeiro de 2015

Paulo Franke,

Não foi por acidente que chegou nesta manhã no meu e-mail um artigo que você publicou no seu blog sobre a Brigadeiro Zetta Leach Oliver. É o aniversário de nosso filho Lester (62) e provavelmente ele não estaria aqui hoje se não fosse pela Sra. Oliver.

Em 1958 fui nomeado no Quartel Territorial, no Rio de Janeiro, depois de termos vivido nossos primeiros três meses no "Rancho do Senhor", em São Paulo. 

Depois de poucas semanas, foi necessário que Lester tivesse suas amigdalas removidas e o oficial de finanças recomendou-nos um certo cirurgião americano em um hospital. 

A operação foi feita e depois que Lester voltou para casa percebemos durante a noite um fio de sangue que saia de seu nariz. Peguei-o, acomodando-o na minha bicicleta de alguma forma, e orei para que pudesse entrar no edifício onde morava a Sra. Oliver. Felizmente o portão não estava fechado e foi possível subir até o seu apartamento com meu filho enfermo.

Ela examinou Lester e ligou para um médico que havia sido recentemente formado e ele chegou por volta da meia-noite. Examinando meu filho, o médico confessou-me que a situação apresentava perigo e que ele poderia morrer antes do amanhecer. Deu-lhe uma injeção e disse-me que, sob nenhuma circustância, Lester poderia mover sua cabeça. Pelo resto da noite segurei meu filho até a volta do médico, prometida para a manhã seguinte, o que aconteceu.

Então, o médico chamou um taxi e levou-nos a quatro hospitais que nos negaram atendimento, e a razão disseram-nos era que não queriam aceitar uma criança à morte. Felizmente, no quinto hospital aceitaram-no e quando tentaram conseguir uma mostra do sangue de Lester perguntaram que tipo de sangue era o de seus pais. Graças a Deus, tínhamos o mesmo tipo e com isso foi possível fazer uma transfusão, na condição de que se falhasse eu aceitaria a responsabilidade.

A Sra. Oliver - que foi nossa grande ajudadora naquela situação familiar de emergência  - sempre trabalhou lado a lado com Deus!

Quando o Brigadeiro Palmiro Oliver foi "promovido à glória", eu fui um dos oficiais escolhidos para levar seu caixão, o que para mim foi um privilégio!

Em 1988 meu filho Lester voltou ao Brasil para uma visita e ligou para a Sra. Oliver para expressar sua gratidão pelo que havia acontecido com ele quando era criança.

Graças pelas boas momórias!

PS - Lester hoje tem mestrado em administração de educação, é bacharel em educação e artes, com diploma universitário em lecionar Francês avançado.  

Tem dois empregos na sua área. É um bom salvacionista, o que nos faz muito gratos a Deus. É casado e tem um filho de 21 anos, além de dois enteados que são agora adultos e casados, cada um com um filho.  

Alf Ford


Lester, ao lado esquerdo do bumbo, empunha orgulhoso o seu piston na foto do LP gravado da Banda Unida, em 1966, tendo por mestre o australiano Capitão Frederick Shaw. Muitos salvacionistas do grupo hoje estão "na glória", porém muitos ainda vivem e hão de lembrar-se de Lester e de seu pai, na última fila, entre Albert Heinzle e Paulo Wakai.

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O comentário do Pastor Daniel Tavares Bastos Gama, meu concunhado, também na foto, é digno de menção aqui:


Interessante a resposta do Ford! Eu não sabia deste episódio do Lester. Tivemos um bom relacionamento no início da banda do Bosque e devo ao Ford minha iniciação no Euphonium. Para mim, o Ford foi o melhor professor de música/instrumento de banda que já conheci. Ele tinha uma metodologia super prática e pragmática. Em um ano ele formou a banda do Bosque com uns 10 a 12 músicos e 90% abaixo dos 16 anos! Muita fé e coragem!
Abraço
Daniel
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Na foto, provavelmente do fim dos anos 20 ou início dos anos 30, o casal Zetta e Palmiro Oliver pode ser visto ao lado de Sarah e Charles - Daddy - Cooper, diante de um dos dormitórios do Lar das Flores, em Suzano-SP. 

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Próxima postagem:

Um sermão do missionário neozelandês entre nós,

de quem muitos têm saudade:

 DONALD HENNESSEY.

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Um comentário:

  1. Foi um grande prazer receber a sua mensagem com relação ao episódio do Lester acontecido em Niteroi. Lembro-me de tudo como se fosse ontem!. É bom sentir que o sentimento de gratidão ainda existe!
    YOS

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