quinta-feira, 19 de junho de 2014

Samuel Eliasen - As bênçãos do Cristo ressurreto


Foto do caminho tradicionalmente tido como o de Emaús.

Lucas 24: 13-36

Era a tarde do domingo da ressureição. Dois discípulos - um deles Cleofas e do outro não sabemos o nome - caminhavam a Emaús, uma aldeia perto de Jerusalém. No caminho faziam muitas perguntas entre si sobre o que tinha acontecido naqueles dias, e de repente Jesus aproximou-Se deles.
E nesse inusitado encontro:

1. Tocou as suas vidas

Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles (v.15)

As aparições eram próprias do Cristo ressurreto. Ele já não estava sujeito às leis deste mundo natural. Apareceu à Maria Madalena, de quem tinha expulsado sete demônios. Ela cedo de manhã o confundiu com o jardineiro, depois falando-lhe Jesus, o reconheceu e exclamou: "Mestre". Apareceu também aos discípulos quando estavam reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, e Jesus pôs-se no meio deles e disse: "Paz seja convosco!" E novamente, quando desfez a incredulidade de Tomé ao mostrar-lhe as suas feridas. Agora, aproxima-se a dois discípulos e anda com eles para desaparecer depois de "partir o pão".

Aparentemente vinha do mesmo lugar. Era um forasteiro de Jerusalém que os alcançou pelo caminho, no meio de preocupações e tristezas: "Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais?"
Eu não sei quais são as nossas preocupações e tristezas, mas o milagre do Cristo ressurreto é que ele transcende todas estas coisas, aproxima-se e anda conosco.

É o Cristo da senda humana e oferece levar as nossas cargas,
Em cada momento de necessidade é um amigo verdadeiro,
Este Cristo da senda humana.
The Christ of the human road.


2. Tocou a sua fé.

Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram (v. 25)

Os discípulos estavam muito confundidos espiritualmente falando... "És o único, porventura, que tendo restado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias?" A pergunta feita na segunda pessoa do singular é enfática: "Onde tens estado? Estás tu vivendo em um mundo solitário?" - Certamente que Jesus sabia do que estava falando, mas mesmo assim pergunta: "Quais coisas?". Jesus precisava saber o grau de confusão dos discípulos, e eles abriram-se para com ele, contando-lhe desde o início sobre a crucificação, a decepção que tinham sofrido e agora a confusão com as notícias de que o Senhor havia ressuscitado. "Esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel". O original diz: "ele é"... e sugere um conflito de emoções no qual permanece uma pequena esperança de que, não obstante todos os acontecimentos, os rumores poderiam ser verdadeiros e Jesus teria mesmo ressuscitado. 

O túmulo vazio é o melhor argumento cristão de nossa fé no Filho de Deus
"... começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras" (v. 27).
Paulo falou aos coríntios (1 Cor.15:17): "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados."
Mas ELE RESSUSCITOU! e apareceu aos dois discípulos que caminhavam em direção a Emaús. A nossa fé não é vã, o Cristo ressurreto confirma a nossa fé. Não precisamos mais ficar perplexos espiritualmente, podemos crer com confiança.

Eu tenho fé, eu tenho fé, em Cristo meu bom Salvador.
Eu tenho fé, eu tenho fé, no Seu poder e amor!


3. Tocou os seus corações.

Não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (v.32)

Chegaram então a Emaús. Jesus não presumia a hospitalidade deles: "Fez menção de passar adiante" (v.28), mas aceitou o convite de ficar com eles. Assim sendo, sentaram-se juntos à mesa e, ao partir ele o pão, o reconheceram. Que bênção tinham recebido! Verificaram que seus corações ardiam enquanto andavam juntos e falavam sobre as Escrituras, e "na mesma hora" levantaram-se, voltaram para Jerusalém a fim de contar aos outros discípulos que Cristo havia ressuscitado 
(v. 32-33)

Conclusão:

É provável que alguém aqui esteja desanimado pelo caminho e que talvez necessite firmar e renovar a sua fé. Alguém precisa de um avivamento no seu coração? Tenho boas novas: Cristo ressuscitou! Ele ultrapassa todas as circunstâncias em todos os lados, dissipa as dúvidas espirituais e aviva nossos corações. Permitamos que se manifeste a nós, aceitando um encontro com Ele e que toque as nossas vidas com o seu fogo divino!

Amém!



Abril de 1986... Participei de uma tour cultural a Israel, promovida aos oficiais salvacionistas do território leste dos EUA, onde trabalhamos. Estou bem à esquerda, e Samuel (Sammy) e minha cunhada Riitta bem à direita.
Muitos anos depois, já trabalhando no Templet, em Helsinki, Finlândia, o colega ao meu lado, Kellus Vanover e sua esposa, também de óculos e jaqueta azul, no grupo da frente, foram a uma reunião no Templet. Trabalhavam na Rússia e era comum recebermos hóspedes, isto é, oficiais que se ausentavam por uns dias do país a fim de que seus vistos russos fossem renovados.
Depois da reunião que assistiram no Templet, fomos almoçar juntos naquele domingo. E enquanto caminhávamos até o restaurante, de repente voltei-me para Kellus e exclamei: "Vocês estiveram comigo em Israel, como não os reconheci antes?" A publicação da foto do nosso grupo e o tema da mensagem de meu concunhado Sammy, fizeram-me lembrar desse acontecido, de ter subitamente reconhecido alguém que, no caso, estivera no nosso grupo, "ardendo o nosso coração" ao percorrer as sendas pelas quais o Senhor Jesus andou.
E mais isto:
A esposa de Kellus está ao lado esquerdo de uma soldada salvacionista que se uniu à nossa excursão, e o motivo para sua decisão de unir-se a nós ela testemunhava: "Antes de ficar totalmente cega, quis conhecer a
Terra Santa do meu amado Salvador Jesus!" 

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