Doreen Shaw Campos - "A vida de permanecer"

1978 - o casal Campos recebendo boas-vindas como chefes da Divisão-RS.

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A VIDA DE PERMANECER

Mensagem dada por Doreen em Pereiró, Portugal,

no Domingo de Pentecoste de 1983.

- João, capítulo 15 -

Incorporada na frase do título desta mensagem encontra-se o principal e essencial ensino a respeito da natureza e segredo da vida cristã.

Durante três anos e meio de verdadeiras maravilhas, Jesus, o Cristo, o Senhor vindo dos céus, andou com os homens e com eles falou, notadamente com aqueles que escolheu como os Seus mais íntimos associados.

Depois disso, chegou o fim... Sua morte, ressurreição e retorno ao Pai, o que deixou Seus discípulos sós e entristecidos.  Mas Jesus havia-lhes dito: "Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós outros". E declarou  que isto lhes seria vantajoso, pois embora não tivessem a presença externa dEle, teriam a Sua presença dentro deles, no seu íntimo. 

Assim, com a Sua prometida presença neles, teriam o Maior dos Mestres habitando neles: o Espírito Santo, que os guiaria a toda a verdade.

Uma nova linguagem ...

Com essa mudança desenvolveu-se uma nova terminologia para que se adaptassem à nova situação. Assim muitas vezes os que nEle crêem são chamados discípulos. Durante aquele tempo os homens eram convidados a seguir a Jesus... agora já não podem ir atrás dEle, mas são chamados para algo mais íntimo e mais satisfatório... para uma relação EM Cristo. Antes Ele dizia "Vinde a mim" e agora "Permanecei em mim". Este pequeno vocábulo EM torna-se o mais significante e o mais dominante na linguagem do Novo Testamento.

Uma novo relacionamento...

"Em mim". Tornar-se cristão, portanto, não é questão de conduta, mas de posição. Voltando a Adão, o homem foi criado EM uma santa inclusão com Deus. Depois o homem pecou e assim o homem se desligou de Deus... e desde aí o homem nasce fora de Deus. Somente por um novo e segundo nascimento pode o homem estar EM, isto é, voltando à comunhão com Deus. Nascido de novo, o homem pertence a uma nova ordem, a uma nova família, a uma nova raça e relação.

Um novo pertencer...

"Eu em vós"... que maravilha! Cristo realmente vive no ser humano. Sim, porque "A todos que o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus", pois nasceram de Deus.

O que então significa realmente receber a Jesus? Ele mesmo explica: "Eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa". A porta significa a do seu íntimo, na qual Ele bate porque quer entrar. Dessa forma o Cristo glorificado revela claramente o Seu plano de viver dentro do coração humano.

Se não Lhe dão entrada, se O deixam em pé a bater à porta - como pintou Holman Hunt -  tal recusa priva internamente a alma de Sua obra salvadora.

Tornando-se cristão, você ouviu a Sua batida à porta e O recebeu, justamente como teria recebido uma visita dentro de seu lar. E Ele entrou e Ele tem estado em você, a fazer parte de sua pessoa, algo precioso, desde que O recebeu. Como o apóstolo Paulo, poderá sempre e sempre dizer para si mesmo: "Cristo vive em mim".

Uma nova provisão...

Cristo vive no cristão verdadeiro, não como um ornamento, mas como a fonte da nova vida. Sim, e também como os recursos dessa nova vida. As varas tiram toda a sua vida do tronco da videira. Assim é que devemos permanecer nEle, confiando nEle para viver, buscando nEle as qualidades de vida nEle existentes.

Às vezes ouvimos pessoas dizerem que estão se esforçando por viver cristãmente. Isso significa que estão dependendo de si mesmas; também na igreja atual muitas estão buscando uma "vida boa" em vez de uma vida realmente cristã. Essas pessoas estão esquecendo da relação da vida-vara. Sempre devemos perguntar a nós mesmos se estamos vivendo a nossa vida ou se está Cristo vivendo a Sua vida em nós?

Um novo produto...

Fruto com o sabor da videira. O Cristo deve ser preparado para reproduzir, perpetuar e propagar a Sua vida. Isso é possível, não por imitação, mas por implantação. 

Há muitos anos Deus viveu em um Homem. E o resultado foi a linda e incomparável vida de Seu Filho Jesus Cristo. Hoje Ele vive novamente em um homem - em você e em mim. Tendo o mesmo propósito, que é o de demonstrar na carne humana a Sua beleza e Sua amabilidade, através do Espírito em nossas vidas.

Em devoção mais que sincera podemos ouvir alguém dizer que quer dar a Ele o que tem de melhor.  Cristo espera realizar a melhor obra possível através de você. Assim, precisamos aprender a permanecer nEle, para que disso resulte um incontrolável fluxo de Sua vida mediante você. Assim sendo, sua vida terá o sabor de Cristo.

Uma interdependência mútua...

"Vós em Mim, Eu em vós". O ensinamento aqui é claro. Jesus nos está dizendo que, como varas, não temos vida em nós mesmos. Dependemos inteiramente dEle, pois Ele é Quem nos fornece a vida. Tudo está nEle. Devemos permanecer nEle e receber tudo dEle. Isso nos deixa perplexos: Ele também depende de nós! Os cachos de uvas não surgem diretamente do tronco da videira, mas aparecem nas varas.  Assim Jesus se faz dependente de nós, as varas, para assim expressar a Sua vida. Quão tremenda a nossa responsabilidade! Podemos oferecer a Jesus outra coisa a não ser nossas vidas com o Seu sabor?

Uma vida passiva...

Como custamos a admitir esse fato tão simples: a verdadeira vida conforme o Novo Testamento é passiva. A vara não faz força para produzir fruto como também a lâmpada elétrica não precisa fazer força para iluminar o ambiente. Não precisam esforçar-se para isso, mas simplesmente confiam no maravilhoso suprimento de vida e energia. Assim nós temos o recurso do Espírito Santo.

Vemos igualmente que o Cristo tem recursos infinitamente maiores, pois Aquele que criou a vida vegetal e a energia elétrica vive em nós! Por que, então, fazer força? Se no momento ainda estou me esforçando não estou sendo um canal desobstruído pelo qual pode fluir livremente a vida de Jesus.

Que este poder prometido possa habitar em nós e então a seiva do Espírito Santo fluirá através de nós.
Amém.

Riitta Eliasen - "Dê primeiro para Deus"/Ge först till Gud

A recém-promovida à Glória, General Eva Burrows, visitou o Comando da Espanha nos anos 90, quando Riitta e Samuel Eliasen eram os chefes.

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Quando no Antigo Testamento o povo comemorava uma data especial dava ofertas ao Senhor. Mas nem sempre o Senhor Se agradava daquelas ofertas. Algo estava errado entre o Senhor e eles. 

Assim disse o Senhor no tempo de Isaías: As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece, já me são pesadas: estou cansado de as sofrer (1:14). O Senhor assevera o Seu povo: Não continueis a trazer ofertas vãs (13), eu escondo de vós os meus olhos (15).

Que má era essa relação com o Senhor! Eles comemoravam ocasiões festivas de uma maneira enganosa. O Senhor não aceitou aquelas ofertas. Ele não quis nem mesmo vê-las.

Por quê? Porque eles comomoravam somente por constar no calendário. Eles observavam os costumes exteriores, mas seus corações não participavam. Deus não recebe ofertas com motivos errados. Deus quer que ofertemos de coração.
Às vezes nós ofertamos com motivos errados. Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso Pai celeste (Mateus 6:1). O que eu dou é algo entre Deus e eu.

Uma maneira de evitar dar de forma errada é dar primeiro para Deus.
Para compreendermos o quanto é importante dar primeiro para Deus devemos voltar ao início. Moisés anunciou aos israelitas... São estas as festas fixas do Senhor, as santas convocações, que proclamareis no seu tempo determinado (Levítico 23:4). Eram essas o sábado, a páscoa, os pães asmos, a festa da colheita, a festa do ano novo, o dia da expiacão e a festa dos tabernáculos.

Percebamos o que Deus diz: Quando entrardes na terra, que vos dou, e segardes a sua messe, então trareis um molho ds primícias da vossa messe ao sacerdote (23:10). Moisés fala a esse respeito também mais tarde: ... tomarás das primícias de todos os frutos do solo, que recolheres da tua terra (Deuteronômio 26:2). Estes textos bíblicos mostram-nos o quanto é importante a que demos primeiro para Deus. 

Quando eu dou primeiro para Deus demonstro de uma maneira prática que Ele é o primeiro em minha vida, conforme Jesus também ensinou: Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça (Mateus 6:33).

Se nós não damos primeiramente para Deus, existe o perigo de darmos a Ele somente o que nos sobra. Damos a Ele somente o resto. ... todos estes deram como oferta aquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento (Lucas 21:4).

Quando eu dou primeiro para Deus demonstro que Ele cuidará de mim. 

Muitos têm bons motivos para ofertar. Alguns ofertam baseados no dever, outros dão porque sabem que é melhor dar do que receber.
Estes motivos são bons, mas o melhor motivo é que essas ofertas aludem a Jesus. Cristo é o cumprimento de todas as festas do Antigo Testamento, que têm uma associação com a obra redentora de Jesus. 

O melhor motivo para o nosso dar diz respeito à alegria da salvação. Dê, então, o melhor para Deus.

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Publicado no "Brado de Guerra" finlandês em idioma sueco, "Krigsropet".
Traduzido pelo dono do blog.