Conheci BRUNO BEHRENDT quando ingressei no Colégio de Cadetes, em 1964. Ele era o Secretário Geral (segundo-em-chefe), e o Chefe Territorial era o Comissário Gilbert Abadie. O francês e o alemão que dirigiam o nosso ES pareciam fazer uma dupla harmoniosa. Sucedeu Abadie na liderança do ES no Brasil e sua gestão como chefe abrangeu o período 1965-1969. Uma postagem anterior neste blog4 - O Exemplo de Neemias - é dele e pode ser encontrada no mês de março.
EXPLOSÃO EM JERUSALÉM
(extraída do "Brado de Guerra" de 8 de abril de 1969)
os noticiários trazem-nos constantemente notícias sobre atentados. Pessoas inconformadas com a situação política ou econômica fazem voar pelos ares edifícios, pontes, linhas férreas etc. Sua arma é a dinamite da violência.
Não faz muito que uma bomba colocada num supermercado em Jerusalém causou muitas vítimas.
Muito tempo antes que o industrial sueco, Nobel, provasse que a dinamite tinha um poder extraordinário para remover obstáculos, abrir caminho nas montanhas ou para facilitar o pesado trabalho nas pedreiras, a Bíblia nos relata um acontecimento extraordinário que causou consternação aos habitantes de Jerusalém.
Uma grande pedra que selava um túmulo, fortemente vigiado e situado no jardim de Arimatéia, foi inexplicavelmente removida.
Que explosão maravilhosa!
O esplendor que ofuscara os olhos dos guardas romanos não os feriu.
A dinamite divina não causou nenhuma vítima. O poder tremendo que deslocou a pedra do sepulcro onde deitaram o corpo de Jesus não fizera nenhum ruído ensurdecedor. No entanto, com esta "explosão" começou a maior revolução dos séculos. Foi o sinal do triunfo sobre o pecado e a morte, a prova incontestável que Satanás fora vencido pelo Filho de Deus, Jesus Cristo!
Desde então tem havido "explosões" benéficas em muitas vidas. Paulo no caminho de Damasco foi "de repente cercado por uma luz" e viu removida a pedra da incredulidade. Foi uma grande explosão silenciosa porque os seus companheiros nada perceberam.
A dinamite divina continua demonstrando seu poder, revelando-se de muitas maneiras. Sempre quando Deus for declarado morto, manifestará Ele o Seu poder, ressuscitando a fé no Cristo Vivo, nos coracões dos reformadores. O movimento de William Booth é uma das provas entre muitas outras.
Do movimento salvacionista se dizia que era uma "explosão de gozo e alegria"! O que nos impede de continuar tendo esta manifestação de esperança e alegria entre nós?
Graças a Deus por este poder que remove as pedras do pecado, incredulidade e intolerância!
Mais uma vez os salvacionistas proclamarão: "Vive, sim, eu sei que vive o Redentor!"
Usemos a dinamite da fé, amor e oração!
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Nota:
Bruno Behrendt foi o "chefe poeta"; basta folhearmos o Cancioneiro Salvacionista para constatarmos os tantos hinos traduzidos por ele, que também fez lindas versões. Inovador em muitos sentidos, Behrendt foi quem incentivou a formação do Grupo Ritmico no Corpo Central, uma cópia dos "Joy Strings" que faziam sucesso na Inglaterra, além das fronteiras salvacionistas. A propósito da Páscoa, penso ter sido ele quem introduziu a cada ano uma reunião ao ar livre bem cedo no Domingo da Ressurreição, em algum local de São Paulo, "alvorada" que mais tarde espalhou-se para outras cidades.
Quando fui Redator do "Brado de Guerra", costumava publicar uma foto do passado salvacionista. Ao escolher a foto do Corpo de Joinville-SC, que Behrendt fundou com sua esposa Ruth (Corpo para o qual fui nomedo por ele por ocasião de meu comissionamento), constatei que não possuía dados suficientes para a legenda da foto. Escrevi a ele, aposentado e morando em Niterói, e como resposta escreveu-me uma carta, que publiquei ao lado da foto, de 1936, com todos os detalhes a respeito dos soldados, muitos verdadeiros troféus ganhos das trevas para a luz!
Na foto, as filhas de Bruno e Ruth Behrendt, ao lado dos Coronéis Effer , que foram também chefes no Brasil; Behrendt, ao lado do Coronel Christensen, aparece na fila de trás.
Um Dia de Juventude em São Paulo, no ano de 1966. Os Coronéis Ruth e Bruno Behrendt aparecem no centro do grande grupo junto com o o Secretário Geral, Peter Staveland e sua esposa Julie. No grupo, o Chefe da Divisão de São Paulo, Brigadeiro Paulo Tavares Bastos e sua esposa Anália, bem como a Secretária de Juventude, Christine Rennie, e Carl S. Eliasen com seus cadetes "Defensores da Fé" e "Luzeiros".
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